domingo, 30 de dezembro de 2012

Completa Hipnose



Comecei a ler O Hipnotista há um ano atrás, quando comprei-o no Natal de 2011. Todavia, minha lista de livros para serem lidos aumentou consideravelmente e acabei ficando sem tempo para lê-lo durante as férias. Quando as aulas começaram, foi pior ainda, por que haviam muitos paradidáticos para serem lidos etc.

Enfim, returnei a leitura desde o começo há 3 dias. O primeiro dia foi simplesmente monótono. A história começa a passos lentos, com uma rica descrição nas cenas do crime e no posicionamento cético e frio dos personagens. Porém, ao chegar na página 50 - mais ou menos - comecei a ler rapidamente. A leitura era instigante e cada capítulo encerrava de maneiras diferentes. Porém, todo encerramento seguia um dos dois padrões: ou terminava em um cliffhanger - recurso utilizado para causar curiosidade no leitor - ou finalizava com uma frase de efeito que deixaria até os mais complexos filósofos empolgados.

Tratando-se da história, devo ressaltar que o livro tem fortes marcas europeias assinadas em suas páginas. O livro escrito por um casal sueco representa o que tem de mais frio tratando-se de personagens e desencadeamento de eventos.

No início, ficamos com a idéia de que o livro todo trata da investigação do caso que levou Josef Ek, jovem de 16 anos, a matar quase todos os integrantes de sua família. Por um momento fiquei decepcionado, pois esperava um mistério a ser desvendado.

Não demorou muito, entretando, para que surgisse uma nova 'storyline'. O caso de Josef servira apenas como introdução - melhor dizendo, 'a gota d'água' - para o verdadeiro enredo.

Fiquei surpreendido como, após a metade do livro, Lars Kepler - chamarei pelo pseudônimo mesmo - conseguiu fazer a obra completamente fiel ao seu título. Apesar de colcoar Jonna Linna como o investigador de seus romances, o personagem principal no livro é Erik Maria Bark, homem seco e amargo, que no passado hipnotizava pessoas como parte de um tratamento para recuperação psicoterápica.

Apesar de ficar pouco contente com os personagens da história, o enredo prendeu-me de forma mágica. Muitos reclamam de que não havia mistério suficiente. Mas eu digo que simplesmente esse não era o objetivo. O livro não é uma investigação de mistérios, a lá Hercule Poirot e Sherlock Holmes. É sim um thriller que deixa a pessoa querendo mais, ansiando pelos momentos mais fortes.

Por fim, só poderia dizer que fiquei bastante contente ao ler tal obra e já estou louco para começar a leitura da próxima aventura de Joona Linna, O PESADELO, lançado esse mês nas livrarias brasileiras.

Para quem não sabe, Lars Kepler já escreveu quatro romances. Os quatro apresentam Joona como investigador de uma série de crimes que se desenrolam em uma trama culminando num momento clímax. Os livros são: "O Hipnotista", "O Pesadelo", "A Testemunha de Fogo" e "O Homem de Areia". Esses dois últimos foram traduzidos livremente dos seus títulos originais, "The Fire Witness" e "The Sandman" e ainda não foram lançados no Brasil.

E em 2013, não perca a resenha de O PESADELO.



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